TECNOLOGIAS PARA A COLHEITA E PROCESSAMENTO DE MAURITIA FLEXUOSA L. F. EM COMUNIDADES RURAIS DO NORTE DE MINAS

O extrativismo do buriti permite trabalho e renda a agricultores familiares no Norte de Minas Gerais, especialmente mulheres. Técnicas para a colheita e processamento facilitam o manejo correto e geram um melhor aproveitamento dos frutos. O trabalho teve como objetivo, avaliar a maturação dos frutos após a aplicação de etefon e o efeito da temperatura na firmeza do epicarpo e no rendimento do óleo da casca e do mesocarpo. Na avaliação do etefon, utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 5x2, cinco tempos de imersão (0, 30, 60, 90 e 120 min) e dois estádios de maturação (E1 e E2). Os resultados foram submetidos à análise de regressão. Na avaliação da temperatura foram utilizados três tratamentos (T1 = 30°C; T2 = ambiente - 27°C; T3 = 45°C). O óleo foi extraído das raspas e cascas secas. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias. O etefon não influenciou na maturação dos frutos; diferentes temperaturas não influenciaram na firmeza das cascas (0,67 +/-0,11 kg) e não houve efeito de interação entre as temperaturas e a origem do material utilizado para extração do óleo. A casca apresentou rendimento menor que a raspa (9,28% e 30,61%) e a temperatura de 45°C teve menor rendimento de óleo (18,85%). Concluiu-se que a aplicação do produto não influencia na maturação dos frutos; temperaturas elevadas reduzem o rendimento de óleo e que além da polpa, é possível extrair óleo das cascas, normalmente descartadas pelos extrativistas.