ANÁLISE DO PERFIL PSICOMOTOR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ACOMPANHADAS PELA TERAPIA OCUPACIONAL
ANÁLISE DO PERFIL PSICOMOTOR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ACOMPANHADAS PELA TERAPIA OCUPACIONAL
Amanda Xavier Leite
Amanda Mota Pacciulio Sposito
29/02/2024
66-83
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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por déficits na comunicação e interação social e padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Atrasos motores em crianças com TEA são notados precocemente no desenvolvimento infantil, podendo ser observadas dificuldades de controle motor, coordenação e controle postural, alterações na marcha, rebaixamento do tônus, dificuldade na imitação de gestos motores e no sequenciamento de ações motoras. Nesse sentido, crianças com TEA podem ter prejuízos na aquisição e na qualidade dos movimentos, os quais podem se somar às demais dificuldades do Transtorno, afetando o exercício da autonomia. Objetivo: Este estudo teve por objetivo analisar o perfil psicomotor de crianças com diagnóstico de TEA. Métodos: Tratou-se de um estudo descritivo, transversal, de análise quantitativa. Os critérios de inclusão foram: crianças de 3 a 11 anos de idade, com diagnóstico de TEA comprovado por documentação médica, que realizavam Terapia Ocupacional há pelo menos 6 meses, que concordaram em participar do estudo; e seus pais, os quais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A primeira etapa do estudo foi feita com os pais, para aplicação da Childhood Autism Rating Scale – CARS e para que estes respondessem a um breve questionário de caracterização da amostra. A segunda etapa consistiu na aplicação, com as crianças, da Escala de Desenvolvimento Motor – EDM III. Foi realizada análise estatística descritiva. Resultados: A maioria dos participantes com diagnóstico de TEA avaliados neste estudo apresentou dispraxia e déficits no desenvolvimento de todos os componentes psicomotores. A média de atraso motor geral, entre os participantes, foi de aproximadamente 2 anos. O domínio psicomotor com maior prejuízo foi o equilíbrio, e o menos deficitário (embora ainda com atraso), foi a organização espacial. Conclusão: As alterações da praxia possuem impactos na independência e autonomia das crianças e no engajamento nas principais ocupações da infância, entre elas as atividades de vida diária, o brincar, a educação e a participação social. Assim, recomenda-se que terapeutas que atuam com crianças com TEA sempre avaliem as habilidades psicomotoras gerais de seus pacientes, bem como seu impacto na funcionalidade.
Ler mais...Transtorno do Espectro Autista, Psicomotricidade, Terapia Ocupacional, Avaliação, Desenvolvimento Motor.
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