PADRÃO SENSORIAL DE CRIANÇAS TÍPICAS E ATÍPICAS DE 3 ANOS A 14 ANOS E 11 MESES

Objetivo: Analisar e comparar o padrão sensorial de crianças com desenvolvimento típico e atípico de 3 anos a 14 anos e 11 meses. Método: Pesquisa transversal, exploratória, não experimental e descritiva de natureza quantitativa com 60 cuidadores de crianças. Utilizou-se um questionário sociodemográfico e o instrumento Short Sensory Profile 2. A análise de dados se deu por estatística descritiva simples e testes de Mann-Whitney, Kruskal Wallis Test, e Quiquadrado. Resultados: A idade média das mães de crianças típicas e atípicas foi respectivamente 33 e 36 anos, enquanto a dos pais para ambos os grupos foi de 40. O grupo típico foi composto por 16 meninos e 14 meninas, o atípico por 21 e 9; com idade média de 7,5 anos para ambos os grupos. O grupo de crianças atípicas foi composto por Transtorno do Espectro Autista (16), paralisia cerebral (8) e atraso no desenvolvimento (6). Apresentaram alterações nos perfis sensoriais 29 crianças atípicas e 18 típicas. Tanto para atípicas quanto típicas houve correlação entre as variáveis gênero e os meninos apresentaram desvio padrão superior as meninas e não houve influência do diagnóstico no perfil para as atípicas. Quando se compara o perfil das típicas com o das atípicas, o grupo das atípicas apresentou desvios padrões superior ao das típicas. Conclusões: O processamento sensorial adequado permite respostas comportamentais congruentes as demandas do meio e falhas gerarão alterações nessas respostas. Identificar problemas de disfunções no processamento sensorial pode favorecer o fornecimento de intervenções apropriadas para o desempenho infantil.