OS SISTEMAS AGROFLORESTAIS COMO MÉTODO PARA A APLICAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO EM COMUNIDADES RURAIS EM IRITUIA/PARÁ

A necessidade de novas práticas na produção agrícola se faz evidente no contexto da degradação florestal que compromete recursos naturais. Assim, este trabalho objetiva analisar os sistemas agroflorestais realizados por agricultores familiares como método de educação ambiental e com isso identificar os distintos tipos de recuperação florestal realizado por agricultores familiares em no município de Irituia/Pará e caracterizar as modalidades de recuperação. A importância das experiências que os agricultores vivenciam é vista por uma perspectiva de complexidade e interdisciplinaridade, utilizando assim o fundamento da observação direta. O trabalho se baseou em dois procedimentos. Na primeira realizou-se um embasamento teórico e revisão dos trabalhos acadêmicos. Na segunda parte realizaram-se visitas ao município de Irituia. A partir desta coleta foi possível identificar e caracterizar cinco tipos que recuperação praticada: Quintal Agroflorestal, regeneração natural, Sistemas Agroflorestais pouco diversificado, diversificado e altamente diversificado. As motivações da recuperação são: função ambiental, parâmetro social, importância econômica, herança florestal, apreciação da floresta e mudança de clima e por último a escolarização dos filhos e netos. As caracterizações dos sistemas e as motivações que levam a recuperação possibilitaram um diálogo prático com a educação ambiental, relacionada aos princípios básicos encontrados como a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade, e a realidade de um enfoque humanista, democrático e participativo. Portanto, encontraram-se nos Sistemas Agroflorestais potencialidade pedagógica e democrática para implementar a educação ambiental como método dialógico que está na Política Nacional de Educação Ambiental.