CONCENTRAÇÃO DA DIETA NA BIOLOGIA POPULACIONAL DE DENDROCEPHALUS BRASILIENSIS PESTA 1921, EM ESTUFA AGRÍCOLA

Este trabalho objetivou avaliar a influência da concentração alimentar no crescimento e na reprodução do Dendrocephalus brasiliensis em diferentes densidades algais. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos (T1: 3x105, T2: 6x105 e T3: 9x105 cel.mL-1 de água verde) com quatro repetições cada. As unidades experimentais foram constituídas por tanques de 100 litros, contendo 70 litros de água e aproximadamente 5.000 indivíduos, com aeração controlada, durante 30 dias de cultivo. Foram realizadas biometrias para o aferimento do comprimento total e para a análise do peso seco foram utilizados cadinhos de papel-alumínio previamente secos e tarados em balança analítica, onde a biomassa foi seca em estufa a 60°C por 24 horas. Durante o cultivo os cistos foram coletados através do sifonamento do sedimento dos tanques e ao final do experimento foi calculada a produção de cistos por litro d'água. O tratamento T3 obteve o melhor índice de crescimento com 10,57 mm para os machos e 9,30 mm para as fêmeas, porém foi semelhante no ganho de peso seco dos demais machos com 0,67 mg e 0,93 mg para fêmeas, assemelhando-se às fêmeas do T2. Os tratamentos T3 e T2 foram semelhantes na produção cística com valores de 104 e 105 cistos/L, respectivamente. Nas condições estudadas, o tratamento com 9x105 cel.mL-1 de água verde foi a melhor concentração alimentar, pois proporcionou melhor desenvolvimento. Recomendam-se outros estudos, a partir da melhor densidade de água verde, visando verificar a influência da sazonalidade, assim como o desenvolvimento no decorrer da longevidade do animal.