BARREIRAS E FACILITADORES EM CONTEXTOS DA VIDA DE CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

Objetivo: Investigar quais eram as barreiras e facilitadores físicos, sensoriais e sociais em contextos de vida nos quais crianças com transtorno do espectro do autismo se encontravam. Além disso, esse estudo descreve o perfil socioeconômico das famílias e das crianças participantes. Métodos: Pesquisa de campo, transversal, exploratória, descritiva, de abordagem quali-quantitativa com cuidadores, maiores de 18 anos, de crianças com idades de 3 a 12 anos diagnosticadas com autismo. Dados foram coletados em espaços clínicos e de pesquisa que assistem essas crianças e seus familiares através de uma ficha de caracterização da amostra com questões sociodemográficas, familiares, do desenvolvimento, do ambiente físico, social, sensorial e das estratégias utilizadas pelos cuidadores para oferecer o ambiente enriquecido. Os dados passaram por análise estatística descritiva simples com contagem de frequência e porcentagem de aparição de respostas. Resultados: Participaram da pesquisa 14 cuidadores, com idades de 25 a 65 anos. Dentre as características das crianças 13 eram meninos e 1 menina, com idades variando de 3 a 12 anos. Para o contexto de casa verificou-se 19 barreiras e 16 facilitadores; escola, 9 barreiras e 6 facilitadores; supermercado, 9 barreiras e 2 facilitadores; casas de parentes/amigos 10 barreiras e 10 facilitadores; consultórios, 11 barreiras e 10 facilitadores e para parque/lazer obteve-se 9 barreiras e 15 facilitadores. Foram encontrados em todos os contextos: 67 barreiras e 59 facilitadores. Conclusão: Os cuidadores buscaram desenvolver estratégias para lidar com as dificuldades relacionadas a barreiras e facilitadores vividas no seu dia a dia. Houve maior número de barreira que facilitadores. Faz-se necessário auxiliar os cuidadores na busca por estratégias de manejo comportamental frente a mudanças no ambiente.