AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS

O Brasil é um país com grandes extensões de áreas a serem recuperadas e restauradas, para cumprir as metas estipuladas no Acordo de Paris. Parte do sucesso da restauração florestal está atrelado ao uso de mudas de qualidade, que possuam características que favorecam o bom desempenho no plantio. Porém, os parâmetros para avaliar a qualidade das mudas de espécies florestais nativas no viveiro ainda necessitam ser definidos. Assim, o objetivo deste estudo foi definir parâmetros categóricos capazes de auxiliar na expedição de mudas de espécies florestais nativas com qualidade, para atender aos objetivos dos plantios. Para isto, realizou-se avaliações morfológicas de 546 indivíduos, pertencentes a 24 espécies, cujos parâmetros categóricos adotados foram perpendicularidade, tortuosidade, centralidade, exposição de raízes, fitossanidade e enovelamento radicular. Medições de altura e de diâmetro foram feitas no viveiro e no campo para possibilitar o cálculo e incremento em volume, e o índice de robustez. Análises estatísticas foram realizadas para verificar a correlação de cada parâmetro com o incremento em volume. A tortuosidade, fitossanidade, exposição de raiz e enovelamento radicular influenciaram no desenvolvimento inicial da muda, segundo o teste de correlação bisserial. O índice de robustez apesar de não ter sido significativo estatisticamente é importante nas análises qualitativas, pois indica se a muda está delgada. Logo, sugere-se o uso dos parâmetros categóricos significativos nas análises da qualidade em viveiro, para expedição de mudas aptas ao plantio e mais estudos acerca do índice de robustez para espécies nativas.