O PRIMEIRO MANDATO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ (1987-1990)



O PRIMEIRO MANDATO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ (1987-1990)
978-65-5360-646-3

2024
142
1
Joelson Juk
JUK, Joelson
Esta investigação objetivou compreender as estratégias desenvolvidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), para obter legitimidade e um mandato parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná em 1987. A metodologia utilizada foi o estudo de caso combinado com outros procedimentos de coleta de dados: pesquisa documental na secretaria da organização e em outras fontes; nos arquivos do mandato; na biblioteca pública do Paraná e da UFPR; história de vida e pesquisa semiestruturada com o primeiro deputado petista. As categorias conceituais foram inspiradas em Gramsci (hegemonia política), em Habermas (razão comunicativa) e em outros autores da sociologia das organizações. O PT conseguiu legitimar-se com um discurso e ações partidárias de cunho oposicionista à base parlamentar e ao próprio governo peemedebista, assim como aproximou-se das mais variadas organizações sindicais rurais e urbanas, movimentos populares e estudantis. A novidade nas ações partidárias, em parte, deu-se por ser o primeiro mandato do partido e, desse modo, tornou-se referência para as oposições no Paraná. Pelas dificuldades econômicas e estruturais, a organização não conseguiu aprovar a maioria de seus projetos e emendas ao orçamento estadual, porém, adquiriu adversários no poder executivo e legislativo com posições contrárias às da base governista. As estratégias de comunicação dialógica com diversos setores da sociedade, somado ao esforço de criar fatos relevantes na mídia paranaense, ajudaram no crescimento do PT, no Estado. A organização demonstrou uma capacidade de impor-se como alternativa política e mito organizacional. Concluiu-se que as estratégias partidárias internas e as ações externas de confronto com o governo peemedebista, somadas a um conjunto de fatores de organização, coesão e clareza nas metas eleitorais, são as razões lógicas da legitimidade e do espaço petista conquistado na arena política paranaense. Esse espaço público gera poder de negociação e de representatividade, gerando perspectivas nas eleições futuras em cargos eletivos variados (executivos e legislativos) nos municípios do interior, na capital e na representação federal (Câmara dos Deputados e Senado).
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