LIXIVIAÇÃO DE NUTRIENTES EM LATOSSOLO COM APLICAÇÃO DE DEJETO LÍQUIDO DE SUÍNOS



LIXIVIAÇÃO DE NUTRIENTES EM LATOSSOLO COM APLICAÇÃO DE DEJETO LÍQUIDO DE SUÍNOS
978-65-5360-385-1

2023
50
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June Faria Scherrer Menezes
Menezes, J. F. S.
Aparecida Tatianne de Assis Machado
Machado, A. T. A.
Veridiana Cardozo Gonçalves Cantão
Cantão, V. C. G.
Rodrigo Gomes Silva
Silva, R. G.
Louise Stefanello Hemielevski
Hemielevski, L.S.
Mariana Pina da Silva Berti
Berti, M. P. S.
Aimee Karla Moraes Leão
Leão, A. K. M.
Os dejetos de suínos por conter nutrientes e matéria orgânica necessitam ser aplicados no solo para a fertirrigação de culturas. Devido à composição desbalanceada de nutrientes em relação a adubação mineral, alguns dos elementos existentes nesses resíduos são acumulados ou lixiviados no solo. Dependendo do elemento e do teor determinado na água percolada, este possui potencial poluidor, provocando impacto negativo no ambiente e na saúde humana. Baseando-se nessas informações, o objetivo com o trabalho foi avaliar a lixiviação de nutrientes no solo (Latossolo Vermelho distroférrico, argiloso) com aplicação a longo prazo de dejetos de suínos para o cultivo de soja na safra 2016/2017. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso (DBC), sendo o ensaio constituído de três tratamentos com três repetições, cada lisímetro foi considerado uma parcela experimental. Os tratamentos foram constituídos da aplicação de 25 e 100 m3 ha-1 de dejetos líquidos de suínos e da adubação com fertilizante mineral. Durante o período chuvoso, foram coletados dados da precipitação diária e quantidade de água percolada diariamente pelos lisímetros. Na água percolada, foram analisadas as seguintes características químicas: pH, condutividade elétrica, Na+, K+, NO3-, NH4+ e H2PO4-. As análises foram realizadas nos Laboratórios Multiusuários da UniRV. Os resultados médios das características químicas, em função dos tratamentos, foram comparados com os respectivos parâmetros de qualidade da água (nacional e internacional) a fim de avaliar a qualidade da água. As perdas de água percolada foram semelhantes e respectivamente proporcionais às chuvas, independentemente das adubações. Os valores de pH no percolado não foram influenciados pelos tratamentos e estão dentro dos limites estabelecidos. A maior CE média obtida na água percolada foi com a dose de 100 m3 ha-1 de DLS. Porém, este valor (66,30 µS cm-1) está aquém da dose considerada restritiva para água. Os teores de potássio e sódio foram baixos nos três tratamentos e não houve contaminação da água percolada. Os teores médios de P, na água percolada, estão abaixo do valor de referência para águas naturais. Os teores médios de nitrato e de amônio na água percolada estão de acordo com os níveis aceitáveis de potabilidade da água, independentemente da adubação recebida. Conclui-se que, após 17 anos de aplicação contínua com dejetos de suínos no solo, não houve contaminação da água percolada.
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