O GRINGO NA CASA DO TATU: TURISMO ÉTNICO INDÍGENA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO DA COMUNIDADE SAHU-APÉ – AMAZONAS

Code: 314-472
34
113
Título

O GRINGO NA CASA DO TATU: TURISMO ÉTNICO INDÍGENA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO DA COMUNIDADE SAHU-APÉ – AMAZONAS

ISBN

978-65-5360-140-6

DOI
10.37885/978-65-5360-140-6
Publicado em

19/07/2022

Páginas Edição

212

1

Autores(as)
  • Danielle Mariam Araujo Santos

    Danielle Mariam Araujo Santos

  • Francisco Antonio dos Anjos

    Francisco Antonio dos Anjos

Sinopse

O presente trabalho discute o tema “O turismo étnico indígena na produção do espaço”, e tem como objeto de estudo, a comunidade indígena Sahu-Apé localizada na Região Metropolitana de Manaus (AM), Brasil. A problemática central levantada na pesquisa centrou-se na compreensão de como o turismo étnico indígena influencia na produção do espaço de uma comunidade indígena. O objetivo geral do estudo foi analisar o processo de construção do território turístico étnico indígena e como a turistificação do espaço promoveu a territorialização em uma comunidade indígena na Amazônia Brasileira. Os objetivos específicos foram: historiciar a construção conceitual de turismo étnico e turismo étnico indígena nos estudos teóricos existentes; demonstrar as modificações dos lugares e a reorganização do território indígena a partir da implantação da atividade turística; discutir a influência do turismo no processo de territorialização em uma comunidade indígena da Região Metropolitana de Manaus (Amazonas - Brasil) e apresentar uma matriz de análise territorial para comunidades étnicas turistificadas. A metodologia teve uma abordagem qualitativa, com aproximação ao método dialético. A pesquisa teve recorte temporal de 2008 a 2020 e foram aplicadas entrevistas do tipo história de vida junto aos indígenas e entrevistas semiestruturadas com os moradores da Vila do Ariaú e os técnicos do Programa Gasoduto. Foi usada como técnica a análise de conteúdo, e como recorte espacial a comunidade Sahu-Apé, munícipio de Iranduba, Amazonas, Brasil. A análise dos dados baseou-se nas categorias de Santos (1996) forma, função, estrutura e processo e de Harvey (1973) espaço absoluto, espaço relativo e espaço relacional. Como resultados principais, observou-se que ao longo da história da formação territorial dos povos indígenas, nem sempre as políticas públicas foram suficientes para atender a demanda destes grupos, e que o turismo se instalou como uma alternativa de renda. Foram usadas referências de outras comunidades étnicas que já se encontravam turistificadas, para entender o processo de territorialização que aconteceu na comunidade o Sahu-Apé, e observou-se que apesar do turismo modificar o cotidiano, possibilitou que os moradores da comunidade, tivessem acesso a renda e trabalho, e assim permanecessem no seu local. A comunidade Sahu-Apé modificou sua organização espacial e ampliou sua territorialização em função do turismo. Uma matriz de análise territorial foi desenvolvida e sua aplicação revelou que a comunidade tem suas forças ligadas ao patrimônio cultural e espacial, e suas fragilidades na falta de inclusão digital e de políticas públicas permanentes no desenvolvimento do turismo.

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