UM OLHAR CRÍTICO SOBRE OS DESAFIOS QUE ENFRENTAM AS ESCOLAS SECUNDÁRIAS DE MOÇAMBIQUE

A superlotação e reprovação escolar em escolas secundárias aparecem no cenário educacional como um problema significativo em Moçambique. A reflexão aqui relatada terá como base a pedagogia crítica, que almeja a função de transformar o mundo. O professor, neste contexto, tem o papel de questionar o conteúdo, as estruturas e se incluir neste processo de avaliação critica. Será utilizada, como referência na pesquisa, a Escola Marista de Manhiça, localizada na Província de Maputo, em Moçambique. Ela, no ano de 2017, no ensino secundário registrou uma taxa de reprovação de 60%. Registram-se também casos em que há apenas um professor para até 200 alunos. O objetivo foi conhecer os detalhes vivenciados em sala de aula, fazer pesquisas bibliográficas, refletir sob a ótica da pedagogia crítica, sugerindo inovações que permitam melhorar a qualidade de ensino na escola, através da metodologia participativa uma vez que possibilita aos educadores o diálogo crítico e reflexivo. Segundo Paulo Freire (1986) somente o homem, através de reflexão-ação, tem a capacidade de atuar, refletir e transformar, além de comprometer-se, a fim de proporcionar meios para uma (re)significação da escola. Os estudos analisam que estes problemas precisam ser avaliados sob duas abordagens: fatores externos e internos a escola. Os resultados se justificam pelos fatores observados, e após todos os estudos realizados para esta pesquisa, constatou-se que os professores da escola secundária podem sim, contribuir na promoção de cenários que efetivem a aprovação do aluno, através de um ensino de qualidade.