TRANSFOBIA: RETRATOS DA VIOLÊNCIA SOBRE A ÓTICA DE PESSOAS TRANS EM ACOMPANHAMENTO EM UM SERVIÇO REFERÊNCIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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Título

TRANSFOBIA: RETRATOS DA VIOLÊNCIA SOBRE A ÓTICA DE PESSOAS TRANS EM ACOMPANHAMENTO EM UM SERVIÇO REFERÊNCIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores:
  • Gianna Schreiber

  • Daniel Canavese de Oliveira

  • Marcos Claudio Signorelli

  • Merari Gomes de Souza

DOI
  • DOI
  • 10.37885/241218477
    Publicado em

    20/02/2025

    Páginas

    213-231

    Capítulo

    14

    Resumo

    Pessoas trans, incluindo travestis e transexuais, são coletivamente chamadas de "transgêneros" e estão entre as mais vulneráveis a preconceitos, discriminações e violências (SOUZA et al., 2015). Em 2023 a organização não-governamental Transgender Europe (TGEU) publicou uma atualização com dados de crimes de ódio contra pessoas trans, elementos essenciais para promover a segurança, dignidade e direitos humanos da comunidade trans. O Brasil lidera pelo 14º ano consecutivo o ranking de países com mais mortes de pessoas trans e travestis no mundo, sendo responsável isoladamente por 31,15% dos assassinatos contra as pessoas trans no planeta reafirmando sua colocação no país onde foi reportado o maior número de assassinatos contra pessoas trans (TGEU, 2023). Essas violações repetem o padrão de ódio, motivados por preconceito contra alguma característica da pessoa agredida que a identifique como parte de um grupo discriminado (DE JESUS, 2012), reiterando, desse modo, a violência genérica e a abjeção com que são tratadas as pessoas trans no Brasil (DE JESUS, 2013). A violência de gênero afeta grupos vulneráveis como mulheres, gays, lésbicas e pessoas trans (PAGLIARI; PIBER, 2016). As pessoas trans, em particular, enfrentam situações de violação de direitos fundamentais (exclusão estrutural, dificuldade de acesso à educação, emprego e saúde, outros), e de violências distintas, o que configura a extensa série de percepções estereotipadas negativamente e de atos discriminatórios denominados de transfobia (DE JESUS, 2013). Destaca-se que a transfobia inclui estigma e preconceito, ameaças à segurança, restrições à liberdade e acesso a recursos, resultando em hostilidade e aversão sistemática (CABRAL; ORNAT; SILVA, 2014). Embora a violência não seja um tema exclusivo da saúde, ela a afeta profundamente, causando morte, lesões e traumas físicos e mentais, diminuindo a qualidade de vida, as potencialidades e autonomia da pessoa (TIN, 2009). Em contrapartida exige a readequação dos serviços de saúde, atuação intersetorial e transversal, interdisciplinar, multidisciplinar e multiprofissional para atender às necessidades específicas dos cidadãos (MINAYO,2006 P.45). Ademais, a implementação e o planejamento e a de ações prioritárias convergentes com enfoque na promoção da saúde, cultura de paz, solidariedade, e prevenção de violências em prol do cuidado integral e humanizado é fundamental.

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    Palavras-chave

    Transfobia; violência contra pessoas trans; Sistema Único de Saúde

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