TOMATEIROS RESISTENTES AO VÍRUS DO VIRA-CABEÇA TRANSMITIDO POR FRANKLINIELLA OCCIDENTALIS

Objetivou-se selecionar possíveis fontes de resistência em acessos de tomateiro do BGH-UFV ao Groundnut ringspot virus (GRSV) transmitidos por Frankliniella occidentalis. Os experimentos foram conduzidos na casa de vegetação da Universidade Federal de Viçosa Campus Rio Paranaíba. No primeiro experimento foi realizado inoculação mecânica usando um extrato de tabaco infectado por GRSV. Em seguida, o extrato foi esfregado sobre as folhas mais jovens das plantas de tomate com auxílio de uma gase depois de 1 semana após o transplantio das mudas. Após a inoculação, as folhas foram lavadas com água destilada para evitar a morte celular. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 10 tratamentos e três repetições. No segundo, o vírus foi inoculado naturalmente por F. occidentalis seguindo um delineamento experimental em blocos casualizados com 10 tratamentos e quatro repetições. As avaliações consistiram em analisar visualmente as plantas de tomate com sintomas de vira-cabeça e análise fitotécnica. Dentre as plantas de tomate inoculadas mecanicamente e naturalmente por F. occidentalis, apenas 73 e 55% destas plantas apresentaram os sintomas de vira-cabeça do tomateiro, respectivamente. As variedades Santa Clara e BGH2054 tiveram o diâmetro do caule, altura de plantas, número de folhas, massa fresca e seca superior aos demais acessos de tomateiro. Conclui-se que os acesso de tomateiro BGH 1497, BGH 2024, BGH 2054 e Santa Clara apresentaram resistência ao vírus GRSV e podem ser usados como genitores em programas de melhoramento da cultura.