SUICÍDIO NO PARANÁ: ANÁLISE DAS OCORRÊNCIAS POR REGIONAL DE SAÚDE (2018-2022)

O suicídio configura-se como uma questão crítica de saúde pública, caracterizado por sua natureza multifatorial e pelas consequências irreversíveis que acarreta para a sociedade. Deste modo, os governos enfrentam o desafio de desenvolver estratégias preventivas que se baseiem em evidências científicas, com o objetivo de mitigar os riscos associados e reduzir a mortalidade. Por isso a análise desse fenômeno é de suma importância, dado que a saúde mental constitui uma prioridade no âmbito da saúde pública. De acordo com Silva e Marcolan (2022), o suicídio exerce um impacto profundo sobre famílias, amigos e comunidades, afetando entre 60 e 135 pessoas próximas. Nessa perspectiva, Rosa et al. (2017) reforçam que o suicídio se classifica entre as 20 principais causas de morte globalmente, configurando-se como um grave problema de saúde pública em virtude de seu aumento contínuo. Também, destaca-se a violência, em suas diversas formas, como um fator que causa traumas significativos e afeta a economia, ao direcionar recursos para o combate a essa problemática (Wanzinack, 2018). Além disso, sobreviventes de tentativas de suicídio enfrentam dificuldades na retomada de suas vidas. Esses indivíduos tendem a se isolar devido ao medo do julgamento social, à vergonha e aos sentimentos ambivalentes, o que os torna duas a três vezes mais suscetíveis ao risco de novo suicídio (Botega et al, 2014). Neste sentido, a depressão, principal fator associado ao suicídio, é um transtorno psicológico prevalente, caracterizado por alterações de humor e tristeza profunda. Além da depressão, outros fatores que contribuem para o suicídio incluem problemas amorosos e familiares, uso de drogas, alcoolismo, bullying, traumas, doenças, esgotamento no trabalho e transtornos psiquiátricos (Ores et al., 2012).