SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NOTIFICADA AO SIVEP-GRIPE ENTRE 2018 E 2021 NO ESTADO DO PARANÁ



SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE NOTIFICADA AO SIVEP-GRIPE ENTRE 2018 E 2021 NO ESTADO DO PARANÁ
Isabella Bueno Ferreira Donadon Richter
Adrian Gustavo Kalçovski Gomes
Ana Carolina Geffer Dalla Vecchia Fiorentin
David Lemke Dück
Karin Regina Luhm

20/02/2025
89-103
6
Vigilância em saúde pública é a coleta, análise, interpretação e disseminação sistemática e contínua de dados sobre um evento relacionado à saúde para orientar ações de saúde, visando a redução da morbimortalidade e a melhoria da saúde da população, constituindo-se numa ferramenta essencial para a adequada alocação de recursos nos sistemas de saúde, bem como na avaliação de efetividade e impacto de programas, serviços e ações de saúde. (GERMAN et al., 2001, BAGATIN, E. 2006, OPAS, 2010). No conjunto de agravos definidos como prioritários para a vigilância, a influenza merece destaque pelo risco de complicações, que podem levar a hospitalizações e morte e pelo grande potencial de ocasionar surtos, epidemias e pandemias visto a sua elevada capacidade de transmissão no cotidiano da vida de toda a população, tornando o seu acompanhamento uma prioridade mundial. Somente nos séculos XX e XXI aconteceram quatro pandemias pelo vírus influenza: a gripe espanhola (1918), a gripe de Hong Kong (1969), a gripe russa (1978) a gripe suína (2009) (COSTA, MERCHAN-HAMANN, 2016). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, uma epidemia sazonal de influenza pode infectar entre 5 a 15% da população, acometendo principalmente menores de dois anos, idosos e portadores de doenças crônicas. Estima-se cerca de três a cinco milhões de casos graves, com 250 a 500 mil mortes por influenza no mundo anualmente (OMS). Desde 1952 Organização Mundial de Saúde (OMS) coordena uma rede de vigilância da gripe, a Global Influenza Surveillance and Response System (GISRS) com mais de 130 Centros Nacionais de Influenza (NICs) no mundo e que coleta e testa amostras clínicas com o objetivo de monitorar alterações na antigenicidade dos vírus influenza; orientar a seleção de cepas para as duas recomendações anuais da vacina contra influenza; e fornecer amostras de vírus para uso em produção de vacinas (WHO, 2012), além de monitorar alterações na geneticidade do vírus influenza. Embora o GISRS tenha sido criado para a gripe, ele também serve como recurso crítico para a vigilância de doenças respiratória virais não relacionadas à gripe como as epidemias de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por novos coronavírus surgidas a partir de 2003, reforçando a importância da ampliação da vigilância para outros vírus respiratórios (LANA, 2000, WHO, 2022). No Brasil, a implantação do Sistema de Vigilância da Influenza teve início em 2000 (BARROS et al., 2004) através da vigilância sentinela da Síndrome Gripal (SG). Em 2009, com a pandemia de influenza (H1N1), o Ministério da Saúde (MS) implantou a vigilância universal da SRAG (BRASIL, 2019).
Ler mais...Síndrome Respiratória Aguda Grave; SIVEP-Gripe; Paraná
CONTRIBUIÇÕES DA SAÚDE COLETIVA PARA AS REDES DE ATENÇÃO - VOLUME 2
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional .
O conteúdo dos capítulos e seus dados e sua forma, correção e confiabilidade, são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). É permitido o download e compartilhamento desde que pela origem e no formato Acesso Livre (Open Access), com os créditos e citação atribuídos ao(s) respectivo(s) autor(es). Não é permitido: alteração de nenhuma forma, catalogação em plataformas de acesso restrito e utilização para fins comerciais. O(s) autor(es) mantêm os direitos autorais do texto.