SANEAMENTO E DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS EM BELÉM – PA

Objetivo: Este artigo analisará os desafios da universalização do saneamento na cidade de Belém. Método: A pesquisa foi orientada pela Teoria Social crítica e o método de investigação e de tratamento dos dados foram embasados no materialismo histórico-dialético como parâmetros teórico-metodológicos, tendo como procedimentos da pesquisa as técnicas de pesquisas qualitativas e quantitativas, conforme protocolos estabelecidos no campo das ciências sociais. Foram realizadas: 1) Pesquisa Bibliográfica, utilizando autores clássicos e contemporâneos que discutem políticas urbanas e de saneamento 2) Pesquisa Documental, por meio da coleta de matérias de jornais, vídeos, relatórios, dados da Prefeitura Municipal de Belém e do Governo do Estado do Pará. Resultados: Afirma-se que em meio ao cenário de financeirização do capital, o saneamento passa a ser disputado por interesses econômicos, cuja finalidade é torna-lo uma mercadoria sujeita a regras e à lógica do capital, reduzindo o acesso por parte daqueles, cuja renda salarial é baixa, descaracterizando a sua condição de direito social que deveria ser universal. Conclusão: Os resultados revelam que há um agravamento das condições de moradia das frações da classe trabalhadora que sobrevivem na “cidade ilegal”. Em Belém, a crise do saneamento em pleno século XXI se expressa pelos índices precários de acesso à água potável, com a falta de tratamento de resíduos sólidos e do esgotamento sanitário e com a falta de soluções técnicas para os constantes alagamentos na cidade, em particular os bairros mais empobrecidos e constituintes de assentamentos precários.