REVISITANDO AS PLANTAS MEDICINAIS NA PRIMEIRA EDIÇÃO DA FARMACOPEIA BRASILEIRA

A primeira edição da Farmacopeia Brasileira da República Federativa do Brasil, foi publicada em 1926, nacionalizando o conhecimento terapêutico e farmacêutico e servindo como padrão, desde então, para a regulação e padronização de acesso a medicamentos e dispositivos medicinais. Atualmente, a Farmacopeia Brasileira (FB) está em sua sexta edição e em todas as instâncias, as plantas medicinais e suas monografias foram alteradas e sofisticadas em termos de métodos de tratamento, descrição e também na composição do formulário, ou seja, as espécies vegetais que compõem o volume. A primeira edição da FB conta com o maior número de monografias de espécies vegetais medicinais de todas as edições, com 232 espécies descritas, já na sexta edição, as espécies vegetais com monografias são 82. Foi observada a manutenção de 48 espécies da primeira edição até a presente data. A atualização de nomenclatura científica das espécies citadas na FB1 revelou a alteração de nomes científicos e incorreção na grafia de diferentes espécies na obra original. A exclusão de espécies de plantas medicinais nas edições posteriores se deve a razões como proscrição de algumas plantas por darem origem a substâncias entorpecentes, mas, é necessário aprofundar as demais motivações para remoção do grande número de plantas medicinais de uso tradicional.