RETRATO SOCIAL DE PACIENTES DE UM AMBULATÓRIO DE PRÉ-DIÁLISE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO INTERIOR PAULISTA

Introdução: O seguimento pré-dialítico é o momento em que se acentuam os sintomas e as alterações nos exames laboratoriais, conjuntamente com uma série de outras complicações. Nesta fase, a equipe multiprofissional já deve começar o preparo do paciente para o início da Terapia Renal Substitutiva, incluindo a abordagem do profissional de Serviço Social (SS). Método: Trata-se de um estudo transversal, com coleta de dados secundária por meio dos atendimentos registrados nos prontuários eletrônicos dos pacientes que passaram por ambulatório de pré-diálise no período de agosto de 2018 a agosto de 2019. Foram coletadas as seguintes informações dos prontuários: sexo, idade, estado civil, escolarização, renda, se teve filhos, área e tipo de habitação, escolha do método de TRS e acompanhamento com o Serviço Social. Resultados: No total foram analisados 83 prontuários, a média de idade foi de 62,32 ± DP 16,2 anos, sendo a maioria do sexo masculino 59% com predomínio de casados 53%. A grande maioria tinha filhos 84,3%, residia em casa própria 72,8%. A minoria apresentou vulnerabilidade social 31,3%, sendo a sobrecarga do cuidador a mais citada por 34,6%, seguida pela fragilidade e/ou falta de suporte familiar 23,1% e da baixa condição socioeconômica 23,1%. Discussão: A falta de suporte familiar e a sobrecarga do cuidador evidenciam a importância de a família ser considerada como unidade de atendimento pela equipe multiprofissional, na fase pré-dialítica, visando maior adesão. dos pacientes na inserção e manutenção das Terapias Renais Substitutivas.