RESISTÊNCIA NATURAL DA MADEIRA DE TECA AO ATAQUE DO CUPIM CORNITERMES BEQUAERTI EMERSON, 1952

O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência da madeira de alburno e cerne de moirões de teca (Tectona grandis L.f., 1782), tratados e não tratados com CCA, ao ataque do cupim Cornitermes bequaerti Emerson, 1952, em ensaio de preferência alimentar. Foram confeccionados corpos de prova com dimensões 2,5 x 2,5 x 1,0 cm (direções tangencial, axial e radial, respectivamente), retirados de amostras de alburno e cerne de moirões de teca tratados e não tratados com CCA, usando-se a madeira de Pinus sp. como testemunha, totalizando cinco tratamentos. No ensaio de preferência alimentar, os corpos de prova foram submetidos a ação de uma colônia de Cornitermes bequaerti, coletada no município de Alta Floresta, estado de Mato Grosso, por 45 dias. Após esse período avaliou-se a perda de massa e o desgaste médio sofrido pelas madeiras. Observou-se que a madeira do alburno dos moirões não tratados e a madeira de Pinus sp. foram os tratamentos mais susceptíveis ao ataque do cupim Cornitermes bequaerti quanto a perda de massa e desgaste médio. As madeiras de cerne dos moirões tratados e não tratados e a madeira de alburno dos moirões tratados foram os que apresentaram maiores resistências ao ataque desse cupim. Apenas a madeira de alburno dos moirões não tratados apresentou correlação significativa com a densidade aparente da madeira. Conclui-se que o tratamento preservativo dos moirões de teca com CCA conferiu certa resistência a madeira de alburno ao ataque do cupim Cornitermes bequaerti, não tendo nenhum efeito significativo sobre a madeira de cerne.