REFLORESTAMENTO COM MUDAS ALTAS: UMA INOVAÇÃO DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL NA MINERAÇÃO DE BAUXITA EM MINAS GERAIS
REFLORESTAMENTO COM MUDAS ALTAS: UMA INOVAÇÃO DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL NA MINERAÇÃO DE BAUXITA EM MINAS GERAIS
Sebastião Venâncio Martins
Wesley da Silva Fonseca
Christian Fonseca de Andrade
Rodrigo da Silva Barros
Juliana Marcela de Paiva
Clayton Henriques da Silva
Marcos Antônio Fernandes Brito
01/05/2022
213-230
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O objetivo desse capítulo é apresentar novas perspectivas sobre a utilização de mudas altas na restauração florestal, destacar as principais vantagens e os resultados dos estudos da parceria entre o Laboratório de Restauração Florestal da Universidade Federal de Viçosa (LARF-UFV) e a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) em áreas mineradas e em áreas de compensação à mineração de bauxita na Zona da Mata de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. As mudas altas (1,5 – 2,5 m) de espécies arbóreas são comumente utilizadas na arborização urbana e paisagismo, contudo, no contexto da restauração florestal, se tem utilizado no Brasil apenas mudas baixas, geralmente de 0,30 m a 0,50 m. Nossos resultados indicaram que as mudas altas conseguem superar as limitações iniciais da competição por luz com gramíneas invasoras, um dos grandes problemas dos projetos de restauração florestal no Brasil. Nesta pesquisa, as mudas altas funcionaram como poleiros para aves, e como muitas são plantadas já florescendo e frutificando, elas atraem polinizadores e dispersores de sementes, estimulando as relações fauna-flora. Além disso, o bom desenvolvimento radicular das mudas altas permite uma maior exploração de água e nutrientes do solo. Embora o custo de aquisição das mudas altas seja superior às mudas tradicionalmente utilizadas (30-50 cm), os benefícios ecológicos proporcionados pelo sombreamento do solo em menor tempo e a redução dos custos com manutenção e replantios são compensatórios e devem ser considerados no planejamento de projetos de restauração florestal.
Ler mais...Mineração de bauxita, Sustentabilidade, Tamanho de mudas, Mata Atlântica, Biodiversidade.
ENGENHARIA FLORESTAL: CONTRIBUIÇÕES, ANÁLISES E PRÁTICAS EM PESQUISA
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