QUALIDADE DO SONO NAS INTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS

Objetivo: Analisar os impactos da qualidade do sono nas interações biopsicossociais e a relação da conexão a aparelhos tecnológicos ou algum outro tipo de estimulante antissono com o descanso fisiológico. Métodos: O estudo teve uma abordagem quantitativa e transversal. Foi obtida uma amostra aleatória da população maior de 18 anos residente na região oeste de Santa Catarina, contemplando ambos os sexos. Foi construído um questionário na plataforma Google forms com questões que incluíam perguntas relativas ao perfil, a qualidade do sono e as interações sociais dos entrevistados. Os dados foram tabulados e analisados quanto à frequência em uma planilha do Excel. Foram utilizadas estatísticas inferenciais de associação Chi2. Todos os critérios de anonimato e de não exposição foram respeitados. Resultados: Ao todo, obteve-se 60 respostas válidas, sendo 82% do sexo feminino e 18% do sexo masculino. Não foi verificada associação entre a frequência de sonhos e a qualidade atual de saúde (p = 0,056). As variáveis horas dormidas no sono longo versus qualidade das relações sociais pós noite mal dormida também não apresentaram associação entre si (p = 0,29). Já entre as variantes horas dormidas no sono mais longo versus uso de estimulantes antissono observou-se associação significativa (p = 0,003). Conclusão: Nota-se que a relação entre a qualidade do sono nas interações biopsicossociais, é relevante, e precisa ser melhor elucidada. Destarte, cabe tecer-se uma abordagem perspicaz sobre a qualidade e importância do processo do sono na realidade e nas relações humanas, a fim de evitar quadros patológicos anômalos. Por suposto, é relevante replicar-se o estudo para um nível de alcance maior do que o realizado para que se teça um parâmetro mais fidedigno da realidade atual dos cidadãos, levando-se em consideração o momento de pós pandemia e de grande expressão de doenças neurossomáticas.