QUALIDADE DA ÁGUA EM GRANJAS DE CORTE COMERCIAL DA ILHA DO MARANHÃO: COMPARAÇÃO DOS PARÂMETROS ESTABELECIDOS PELO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E MINISTÉRIOS DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO



QUALIDADE DA ÁGUA EM GRANJAS DE CORTE COMERCIAL DA ILHA DO MARANHÃO: COMPARAÇÃO DOS PARÂMETROS ESTABELECIDOS PELO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE E MINISTÉRIOS DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Nancyleni Bezerra
Mariana Santos Nunes
Naene Araújo Pereira
Greiciene dos Santos de Jesus
Amanda Mara Teles
Anna Karoline Amaral Sousa Guimarães
Brígida Celeste Aranha Lopes
Hamilton Pereira Santos
Danilo Cutrim Bezerra
Nancyleni Pinto Chaves Bezerra

31/03/2023
214-226
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Nos últimos anos, mesmo com a implementação de maiores cuidados com a qualidade da água na avicultura brasileira, ainda há espaço para melhorias. Na avicultura, independente da finalidade, deve-se dar à água a mesma importância dispensada a outros fatores e processos de produção como, instalações, alimentação e manejo. Objetivo: Nesse contexto, objetivou-se avaliar a qualidade da água em granjas de corte comercial da Ilha do Maranhão e comparar os resultados a parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Métodos: Como universo populacional da pesquisa foram avaliadas seis criações avícolas de corte com finalidade comercial (Gallus gallus domesticus) localizada da Ilha do Maranhão. Para isso, foram realizadas coletas em diferentes pontos de distribuição, totalizando 17 amostras de água nas seis criações amostradas. Essas foram colhidas de forma asséptica em bolsas plásticas estéreis, com capacidade de 500 mL. Após as coletas, as amostras foram acondicionadas em caixas isotérmicas e transportadas imediatamente ao laboratório para realização das análises químicas (sólidos dissolvidos totais [SDT], pH, dureza total, cloretos, nitrato e sulfato) e bacteriológicas (Escherichia coli). Os resultados obtidos foram comparados a Resolução n. 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Ofício Circular Conjunto DFIP/DSA nº 1/2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Resultados: Na análise dos parâmetros SDT, dureza, cloretos e sulfatos, todas as amostras analisadas estavam adequadas às exigências de ambas as legislações utilizadas neste trabalho para fins comparativos. Já, 64,70% (n= 11/2017) e 17,64% (n= 3/17) estavam em desconformidade para os parâmetros químicos pH e nitrato, respectivamente. Quanto ao parâmetro bacteriológico E. coli, 11,75% (n= 2/17) estavam não conformes quando comparadas ao Ofício Circular Conjunto DFIP/DSA nº 1/2008. Conclusão: A água ideal a ser utilizada na avicultura não deve conter níveis maiores que 500 mg/L de SDT e o pH deve estar entre 6 a 9. A dureza total deve ser inferior a 110 mg/L de CaCO3. Os níveis de cloreto e nitrato devem ser inferiores a 250 e 10 mg/L, respectivamente. Os níveis de sulfatos não devem ser superiores a 250 mg/L. A E. coli, parâmetro bacteriológico, deve estar ausente. Considerando esses parâmetros individuais ou em conjunto, 76,47% (n= 13/17) das amostras estavam inadequadas para a dessedentação de aves o que pode influenciar em atividades rotineiras nas granjas (vacinação, aplicação de medicamentos via oral e lavagem e desinfecção de instalações), além da redução da produtividade e ocorrência de doenças.
Ler mais...Avicultura comercial, Escherichia coli, pH, nitrato.
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