POTENCIAL ECONÔMICO DA FLORA DO SUDOESTE GOIANO

Objetivo: Apresentar a flora angiospérmica nativa e naturalizada do Sudoeste Goiano, Planalto Central do Brasil, registrada no Herbário Jataiense entre 1998 e 2012, com potencial econômico, visando o cumprimento dos acordos assinados pelo Brasil para a Convenção sobre Diversidade Biológica. Metodologia: Analisamos todo o material botânico tombado, quantificamos as citações de uso nas fichas, selecionamos as espécies com potencial econômico (tres ou mais citações de uso); excluímos os sinônimos e complementamos os dados com referência bibliográfica. Resultados: Encontramos 398 citações de uso das espécies com potencial econômico, destaque para melíferas, ornamentais e medicinais (65% das citações). Listamos 26 famílias botânicas, dentre as quais, consideramos 10 como famílias-chave em potencial econômico, com destaque para Fabaceae, Bignoniaceae e Malvaceae (cerca de 45% de espécies e citações de uso). Detectamos 121 plantas com múltiplos usos dentre as quais destacam as espécies-chave Hymenaea courbaril., H. stigonocarpa, Copaifera langsdorffii, Caryocar brasiliense, C. cuneatum, Myroxylon peruiferum, Terminalia actinophylla, T. argentea , T. glabrescens e T. fagifolia.. Conclusões: O Cerrado no Sudoeste Goiano apresenta forte contribuição em essências nativas com múltiplos usos e considerável potencial econômico. Entre os táxons nativos com potencial econômico ocorrem famílias, gêneros e espécies-chave que sugerimos a inclusão em projetos diversos. A inclusão desses táxons em projetos de âmbito público ou privado, no Sudoeste Goiano, contribui para o cumprimento dos acordos assinados pelo Brasil no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica.