PERSPECTIVAS DE DESCONTAMINAÇÃO DE OCRATOXINA A

Micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos filamentosos, em diferentes etapas de pré e pós-colheita dos alimentos, que podem apresentar risco à saúde humana e animal caso ingeridas. Os cereais geralmente são armazenados por longos períodos, favorecendo a produção de micotoxinas, entre elas a ocratoxina A (OTA). Uma das características marcantes da OTA é a sua estabilidade térmica, o que dificulta sua eliminação durante o processamento de alimentos. Perspectivas de descontaminação têm sido um desafio para a indústria alimentícia, métodos de redução de sua concentração estão sendo aplicados como medidas complementares à prevenção para atender a demanda das indústrias em atingir os padrões estabelecidos pelos organismos regulamentadores. Esta revisão fornece uma visão geral das tecnologias disponíveis empregadas na descontaminação de OTA, relatadas em artigos científicos publicados entre os anos de 2017 e 2021, nas plataformas ScienceDirect® e Springer®. Métodos físicos, biológicos e químicos foram categorizados conforme a técnica aplicada: plasma frio, irradiações, uso de adsorventes e uso de microrganismos, comparados e analisados conforme a sua eficiência para reduzir a OTA levando em consideração as suas limitações. Os métodos biológicos se mostraram mais promissores entre os analisados, por apresentarem melhores resultados relativos à segurança, qualidade nutricional e sensorial, quando comparado com as limitações descritas pelos autores que utilizaram os outros métodos. Contudo, é preciso considerar o tipo de alimento, as suas propriedades e o nível de contaminação para identificar a técnica mais apropriada.