OPALAS DO BRASIL: REVISÃO DOS ASPECTOS MINERALÓGICOS, QUÍMICOS E GEMOLÓGICOS

Este trabalho trata-se de um estudo cujo objetivo é discorrer sobre aspectos gerais do mineral de Opala no Brasil. A metodologia empregada foi caracterizada pela abordagem integrativa, tendo como principal técnica o método de revisão bibliográfica. A coleta de dados deu-se com busca sistematizada de artigos e materiais publicados na base de dados SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. O levantamento foi realizado a partir dos descritores: opala, opala mineralogia e opala geologia. Como resultado foi possível perceber que há pouquíssimos trabalhos focados nos minerais de opala do Brasil, onde sua maioria está concentrado nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia e principalmente Piauí. Entre as fontes investigadas, as análises preponderantes se concentram nos dados gemológicos, DRX, FRX, densidade, índice de refração e morfologia. Foi possível perceber uma grande variedade de opalas quanto as suas cores (branca, vermelha, azul, amarela, castanha, verde, laranja, e o tipo mais raro sendo colorido apresentando um jogo de cores). Na composição mineralógica, foi possível detectar em algumas opalas o sulfato de prata, halita, silvita, calcita/dolomita, siderita, cristobalita, tridimita, calcedônia, paligorskita e serpentina. Na composição química, mostrou predominância de SiO2. Há presença considerável em algumas opalas de alumínio, ferro, níquel, cromo e cálcio. Quantos as análises de índice de refração e densidade os resultados corroboram com os dados da literatura, com exceção da opala azul. Logo, foi possível concluir que ainda são necessários mais estudos sobre os minerais de opala do Brasil e que o Estado do Piauí possui uma maior riqueza de dados, detalhando também questões ambientais e socioeconômica, além de ser o único que possui APLs.