O PAPEL DA NUTRIÇÃO NA REPRODUÇÃO E ESTRESSE OXIDATIVO EM FÊMEAS SUÍNAS NULÍPARAS

A aquisição de linhagens com genéticas hiperprolíficas para reposição do plantel suinícola, vem sendo uma prática utilizada para maximizar os índices reprodutivos. Contudo, fêmeas nulíparas são constantemente expostas a eventos estressores que elevam a produção de espécies reativas de oxigênio, os quais interferem no desempenho reprodutivo e consequentemente nas taxas de permanência no plantel. Fêmeas suínas apresentam características anatômicas e fisiológicas específicas que se diferem das demais espécies domésticas. As leitoas apresentam puberdade entre 115 e 220 dias de idade, contendo em média 80 a 120 kg de peso corporal, variando conforme a raça. Essa espécie é considerada poliéstrica anual, apresentando ciclos de 21 dias, alternando na produção de estrogênio e progesterona nas diferentes fases folicular e lútea, respectivamente. A nutrição desempenha grande influência na vida reprodutiva das leitoas sendo capaz de melhorar os índices reprodutivos. O flushing é uma estratégia nutricional que pode ser fornecida entre 14 e 21 dias anteriores à cobertura, contribuindo para a regulação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, estimulando hormônios reprodutivos importantes para a atividade ovariana. Outras estratégias nutricionais também contribuem para melhorar os índices reprodutivos, especialmente pela sua atividade antioxidante, podendo destacar alguns aminoácidos, minerais, vitaminas e extratos vegetais. Neste sentido a revisão busca abordar de forma sistêmica aspectos anátomo-fisiológicos das fêmeas nulíparas bem como evidenciar o papel da nutrição sobre a reprodução de fêmeas em reposição, destacando seus benefícios e o impacto sobre o estresse oxidativo.