O ATENDIMENTO POR MEIO DA TELEMEDICINA NO PERÍODO DA PANDEMIADA COVID-19

Introdução: Com o surgimento da pandemia do coronavírus, doença caracterizada pela progressão pulmonar grave e falência de múltiplos órgãos, adotaram-se medidas para reduziras taxas de contaminação, como o maior uso da telemedicina. Entretanto, existem algumas dúvidas sobre esse modelo de atendimento. Objetivo: Analisar o uso e a percepção dos médicos sobre a telemedicina durante a pandemia. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, observacional, prospectivo e transversal. Através do Google Forms, 132 médicos anônimos responderam a um formulário com 38 perguntas e, devido aos critérios de exclusão, foram analisadas 102 respostas. Resultados: Os achados do presente estudo mostraram que 90,2% e 65,3% dos médicos consideram que a telemedicina apresenta benefícios e dificuldades, respectivamente; sobre as plataformas, 52,4% as avaliam como eficientes ou muito eficientes e52,5% apresentam dificuldades em manuseá-las. Ainda: 57,8% acreditam que existem maiores chances de erros médicos; 24,5% tem receio de vazamento de prontuário; 25,5% acreditam que existem maiores chances de sofrer uma ação judicial; e 14,7% se sentem respaldados pela lei. Em relação a Covid-19, 85,3% dos médicos iniciaram o uso da telemedicina após o surgimento da pandemia e 49% notaram que os pacientes começaram a se queixar mais de sintomas respiratórios. Conclusão: A telemedicina, por facilitar o acesso equitativo aos serviços de saúde, reduzir o tempo de espera e auxiliar na contenção da transmissão do Sars-Cov-2, é uma tecnologia promissora, em crescimento, no Brasil. Entretanto, são necessárias mais informações acerca das questões legais, a fim de esclarecer melhor as dúvidas e respaldar os médicos.