MONKEYPOX: REVISÃO ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICA ATUALIZADA

Introdução e Objetivo: Monkeypox (MPX) é uma antropozoonose que se iniciou no continente africano e atualmente assola o mundo todo. A transmissão ocorre pelo contato íntimo entre indivíduos contaminados, seja entre animais e humanos ou entre humanos, e pode estar associado ao ato sexual desprotegido. O quadro inicial se manifesta por sintomas prodrômicos como febre, astenia, mialgia e, em seguida, surgem vesículas pustulosas características em face e, posteriormente, por todo corpo. A gravidade e evolução da doença está intimamente associada à resistência imunológica do paciente. O diagnóstico padrão-ouro é feito pela identificação do patógeno no material colhido direto das lesões. O tratamento consiste no suporte, sintomáticos e uso de antivirais, como o Tecovirimat. Método: Trata-se de um artigo de revisão sistemática que consiste na busca de dados sobre o agente etiológico, os aspectos da doença e sua epidemiologia através da pesquisa por artigos, convenções e relatos de caso a respeito deste tema em base de dados renomadas, como PubMed, revistas científicas e protocolos de instituições referências em saúde. Os dados obtidos são de natureza qualiquantitativa. Resultados: O MPX apresentou um aumento substancial no número de casos nos últimos anos, inclusive no Brasil, tendo se manifestado de forma significativa por todas as regiões do país. Desta forma, diante do grande número de diagnósticos diferenciais, a doença pode ser um desafio para a classe médica, assim a anamnese e exame físico detalhados estão amplamente associados com a identificação e o bom controle da enfermidade. A notificação ao Sistema de Saúde e a implantação de protocolos adequados para manejo da doença são fatores cruciais para a erradicação desta patologia. Conclusão: A Monkeypox é uma doença prevenível que está em alta disseminação, associada intimamente com o grupo homem que faz sexo com homens (HSH) em situação de imunossupressão. Desta forma, se faz necessário conhecer profundamente as características fisiopatológicas da doença, de modo que seja possível evitar a contaminação e tratar adequadamente a infecção para melhor manejo das complicações e agravos. Assim, é de suma importância iniciar políticas públicas visando a educação em saúde, em especial para o grupo mais vulnerável, e aumentar o investimento em pesquisas para instauração de métodos diagnósticos acessíveis, rápidos e assertivos e melhores e menos burocráticos protocolos de tratamento