MASTITE BOVINA: IMPACTOS NA QUALIDADE DO LEITE E RISCOS PARA SAÚDE PÚBLICA

A pecuária leiteira brasileira é diversa em tecnologia e organização, sendo vital para a economia e a segurança alimentar. No entanto, a mastite bovina é uma das principais doenças que afetam a produção, prejudicando a qualidade do leite e representando risco à saúde pública devido à contaminação por patógenos e resíduos de antimicrobianos. Este trabalho, baseado em revisão bibliográfica, analisou os impactos da mastite na produção e na saúde pública, identificando seus fatores de disseminação e apontando soluções para melhorar a qualidade do leite. A mastite eleva a Contagem de Células Somáticas (CCS) e está associada a patógenos como Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis, que causam infecções clínicas e subclínicas no úbere. Além disso, o uso inadequado de antimicrobianos favorece a resistência bacteriana, ameaçando a saúde humana. Portanto, Boas Práticas Agropecuárias (BPAs), protocolos de higiene na ordenha e o monitoramento sanitário são fundamentais para o controle da doença. A integração entre profissionais da saúde animal, produtores e órgãos de fiscalização, junto à conscientização sobre o consumo seguro de leite, é imprescindível para garantir a qualidade higiênico-sanitária do produto, proteger a saúde da população e fortalecer a cadeia produtiva leiteira.