MAPA BATIMÉTRICO DE ASSOREAMENTO COMO APOIO À NAVEGAÇÃO NA AMAZÔNIA: CASO NO RIO TAPAJÓS/PA

O artigo teve como objetivo, descrever a morfologia do leito do rio Tapajós, compreender o padrão de assoreamento que ocorreu no canal de navegação, no trecho entre a cidade de Aveiro e a localidade de Fordlândia, com base em dados dos levantamentos batimétricos no ano de 2021. De igual modo, este estudo pretende avaliar a vazão sólida dos sedimentos em suspensão e a vazão liquida associada, medida com ADCP em agosto e outubro em Aveiro e Fordlândia. Para o efeito, elaborou-se o mapa batimétrico temático, com a identificação específica e sazonal dos pontos de assoreamento ao longo do ano. Aponta-se que se obteve mapas cartográficos por meio de levantamento batimétrico com equipamento monofeixe, em trecho compreendido entre o município de Aveiro e o distrito de Fordlândia, no Estado do Pará, sendo selecionados dois trechos, utilizando como referência as cartas náuticas da região e imagens de satélite, associados ao levantamento expedito nesses trechos. Foram produzidos novos mapas com a identificação dos subtrechos críticos, por períodos do ano, além de comparação com diversos casos de acidentes com embarcações e relatórios de escoamento da produção. Concluiu-se que, o trecho em estudo tende a ser estável no que se refere à profundidade e ao traçado do canal, ao se considerar a região de média e de cheia vazão, notou-se que há aumento da vazão líquida de aproximadamente 3000m³/s em Aveiro, já em Fordlândia esse valor cai para 1000 m³/s. Palavras-chave: batimetria, navegação, Tapajós, assoreamento, mapeamento.