INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO EM FÊMEAS BOVINAS: ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DA MORTALIDADE EMBRIONÁRIA

A mortalidade embrionária precoce (MEP) ocorre entre os dias 8 a 16 da gestação sendo reconhecida como a principal causa de perda econômica na bovinocultura em virtude da repetição de cio, do maior intervalo entre partos, do aumento dos custos com inseminação artificial e da redução da produção líquida da fazenda. Essa condição é decorrente, em especial, da falha do concepto em sinalizar sua presença no interior do útero através da produção de interferon-tau, garantindo assim, o reconhecimento materno da prenhez com consequente manutenção da viabilidade do corpo lúteo e da produção de progesterona. Evidências indicam que fatores nutricionais, ambientais, fisiológicos e até mesmo genético estão implicados neste contexto. Sendo assim, considerando melhorar os índices de sobrevivência embrionária, algumas estratégias pós-ovulatórias vem sendo propostas com o objetivo de prevenir a luteólise e aumentar a capacidade de produção de progesterona pelo corpo lúteo, garantindo maior crescimento embrionário e, consequentemente, aumento da síntese de interferon-tau (INF-t) durante o reconhecimento materno da gestação. Dada a relevância do tema, esta revisão se propõe, portanto, a abordar aspectos da fisiologia do reconhecimento materno da gestação e dos métodos de suplementação hormonal após a inseminação artificial em tempo fixo para redução da mortalidade embrionária precoce visando melhores taxas de prenhez.