HETEROIDENTIFICAÇÃO: UMA POLÍTICA AFIRMATIVA

Code: 220207603
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Título

HETEROIDENTIFICAÇÃO: UMA POLÍTICA AFIRMATIVA

Autor(a):
  • Mábia Aline Freitas Sales

DOI
  • DOI
  • 10.37885/220207603
    Publicado em

    26/02/2022

    Páginas

    197-206

    Capítulo

    13

    Resumo

    Esse texto foi escrito a partir de uma reflexão sobre branquitude elaborada para a mesa “Heteroidentificação: uma política afirmativa” do I Simpósio de questões étnico-raciais e diversidade: cultura, resistência e luta por cidadania e equidade (I Simediver). O objetivo da mesa é conscientizar a sociedade sobre o que é heteroidentificação no contexto da exequibilidade da lei de cotas. Para a participação nessa mesa, escolheu-se o conceito de branquitude como o norteador da apresentação e, nesse sentido, as conceituações e discussões sobre branquitude (FRANKENBERG apud PIZA, 2022; BENTO, 2002) são fundamentais para a compreensão dos privilégios intrinsecamente relacionados aos indivíduos brancos na sociedade brasileira. Com base nesse conceito, reflete-se sobre a importância de questionar a branquitude a partir de visão intersecionada (CARNEIRO, 2003; CRENSHAW, 2002, DAVIS, 2016; GONZALEZ, 2020; HOOKS, 1995;) no sentido de pensar alguns marcadores sociais relacionados a exclusão e as desigualdades, como classe social, gênero e raça. A partir disso, é possível falar sobre a heteroidentificação enquanto um mecanismo de reparação relacionado ao avanço da lei de cotas no Brasil, considerando que a autodeclaração não é mais suficiente para o acesso às leis 12.711/2012 e 12.990/2014. Após 10 anos da implantação da lei de cotas no Brasil é necessário tratar sobre a quem esta se destina efetivamente. Parte-se da ideia, portanto, de que a discussão sobre políticas afirmativas, e especialmente a lei de cotas, implica em uma reflexão sobre os privilégios da branquitude para que se possa compreender a necessidade dessas políticas em um país marcado pelas desigualdades, entre elas a étnico-racial. E em se tratando de política de cotas no tempo presente, nada mais atual do que é heteroidentificação.

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    Palavras-chave

    Branquitude, Cotas raciais, Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER), Interseccionalidades, Autodeclaração e heteroidentificação.

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