GESTÃO DO STRESSE OCUPACIONAL NAS AJUDANTES DE AÇÃO DIRETA DE UMA ERPI: PRÁTICA ESPECIALIZADA EM ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA

O envelhecimento demográfico aumentou a procura por institucionalização, impondo elevadas exigências às Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas. Os ajudantes de ação direta desempenham um papel fundamental nos cuidados, contudo são expostas a riscos psicossociais como sobrecarga, baixos salários e falta de reconhecimento, potenciadores de stresse ocupacional. Objetivo: Capacitar os ajudantes de ação direta com estratégias de coping com o objetivo de reduzir os níveis de stresse ocupacional através da prática especializada em ESMP. Método: Estudo pré-experimental, grupo único, com 8 participantes, ao longo de três meses. O programa formativo incluiu 7 sessões grupais, sendo baseado nos princípios da intervenção psicoeducacional e na abordagem cognitivo-comportamental. O instrumento de colheita de dados foi composto por um questionário sociodemográfico e profissional; Escala Distresse Psicológico de Kessler de 10 itens (K10); Escala MHPK-10; Questionário de Stresse Ocupacional – Versão Geral (QSO-VG); e, por fim, o Questionário Brief COPE. Resultados: Aumento significativo no conhecimento sobre promoção da saúde mental (p<0,05); redução significativa no stresse relacionado com “Relação com Chefias” e “Relação com Colegas” (p<0,05); Aumento da utilização de estratégias de coping adaptativas (p<0,05). Conclusão: Os resultados evidenciam a necessidade de investir na saúde mental desta classe profissional, promovendo o bem-estar e estratégias de coping adaptativas na prevenção do stresse ocupacional. Impõe-se assim, a aposta em formação contínua que reforce a literacia em saúde mental positiva. A nível organizacional, destaca-se a relevância da valorização profissional.