GESTÃO DE RISCO E SEGURANÇA DO PACIENTE: ERRO NA ADMINISTRAÇÃO DA TERAPÊUTICA

Introdução: O problema do erro na administração de medicação tem vindo a adquirir uma importante relevância e um interesse crescente nos últimos anos. Este, pode provocar consequências diretas na segurança do doente, no entanto, estas podem ser reduzidas com a aplicabilidade de diversas estratégias. Objetivo: Identificar na literatura a repercussão do erro terapêutico na gestão do risco e segurança do paciente. Metodologia: Com recurso à pesquisa eletrónica no motor de busc EBSCOhost foi realizada uma pesquisa por duas investigadoras em simultâneo, durante o mês de novembro e dezembro de 2021. Resultados: Os fatores que mais se evidenciam e contribuem para o erro na preparação e administração da medicação, são as embalagens semelhantes de medicamentos, as semelhanças na aparência de medicamentos, a comunicação médica, as distrações e interrupções a que os enfermeiros estão sujeitos e os processos farmacêuticos. Sendo que os tipos de erros que ocorrem mais frequentemente são: horário de administração incorreto, a terapêutica administrada sem prescrição médica, omissão, o erro da administração relacionado com a dosagem e administração ao paciente errado. Apesar de ser reconhecido pelos enfermeiros a importância da notificação do erro, estes na maioria das vezes não são subnotificados pelo excesso de trabalho e pelo medo. Conclusão: A identificação das causas do erro terapêutico é fundamental para implementar fatores de mudança de modo a garantir a segurança do doente e para aquisição de ganhos em saúde. Para isso deve-se recorrer à política pedagógica do erro, à necessidade de os profissionais reavaliarem a sua prática diária, dando ênfase aos nove certos da administração da medicação, bem como uma reestruturação do ambiente de trabalho se necessário.