FUNCIONALIDADE E RISCO AMBIENTAL DE QUEDAS EM IDOSOS ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA NO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR

O processo de envelhecer promove mudanças de aspecto funcional e estrutural no indivíduo, alcançando com o avançar da idade, respostas negativas que afetam a performance funcional e as habilidades motoras, fazendo com que os idosos frente às suas diferenças genéticas e ambientais, enfrentam o envelhecer de formas diversas, que podem resultar na redução da força muscular esquelética e declínio das atividades de vida diária, por meio da diminuição da tolerância ao esforço (Rodrigues et al., 2018; Costa et al., 2019; Tozin e Navega, 2018). Nesse sentido, associado ao envelhecimento, têm-se a ocorrência das doenças crônicas e degenerativas, ocasionadas pelo declínio de vários sistemas corporais, os quais reduzem a habilidade física do idoso, tornando-o mais dependente e reduzindo seu envelhecer ativo, o que por sua vez, implica no aumento da morbimortalidade e de sua vulnerabilidade a internações, sobrecarregando economicamente o sujeito, a família e o sistema de saúde (Silva et al., 2019; Pinheiro, Brandão e Silva, 2020). Assim, verifica-se uma provável relação do padrão de multimorbidade no idoso com a sua funcionalidade envolvendo as atividades básicas de vida diária (ABVD) e as atividades instrumentais de vida diária (AIVD), podendo resultar em alterações envolvendo a relação mental-músculo-esquelética e o padrão cardiopulmonar do idoso refletindo em um possível declínio das habilidades de realizar as tarefas de auto-cuidado assim como em atividades mais complexas, que permeiam a capacidade cognitiva, a coordenação motora fina e tarefas que permitem a vida em comunidade estando estas relacionada às AIVD (Schimidt et al., 2020).