FUNCIONALIDADE DE IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE: UM OLHAR SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

Objetivo: O presente estudo objetivou analisar a associação entre os determinantes sociais da saúde e a funcionalidade de idosos. Métodos: Estudo observacional transversal e quantitativo, realizado com idosos adscritos a uma Unidade de Saúde da Família. A variável dependente foi a presença/ausência de dependência funcional, avaliada pela escala de Katz, e as independentes foram organizadas de acordo com o modelo de determinação social de Dahlgren e Whitehead em características individuais e socioeconômicas no primeiro nível; características comportamentais no intermediário; e características sociais, no nível distal. Foi aplicado os testes Qui-Quadrado ou Exato de Fischer. Resultados: A prevalência de dependência funcional foi de 34%, que esteve relacionada a idosos com 80 anos ou mais, viúvos, do sexo feminino, com baixa escolaridade, não praticantes de atividade física, que não participam de atividades oferecidas pela unidade de saúde e que autoavaliam sua saúde de forma negativa. Conclusão: Existiu associação entre as variáveis de nível proximal e intermediário do modelo de determinação social analisado. Nesse contexto, ressalta-se a importância da implementação de políticas públicas que visem minimizar os impactos dessas desigualdades, como implantação de espaços públicos para caminhadas ao ar livre, academias populares, praças e parques que proporcionem atividades de lazer como jogos de dominó, dama, baralho e bocha, com intuito de promover participação comunitária com atividades prazerosas e viabilizar a manutenção da funcionalidade dos longevos.