ÉTICA DOS ALGORITMOS NA SOCIEDADE EM REDE: SOBRE DESIGUALDADES E SEGURANÇA

Este artigo analisa a ética das práticas humanas na sociedade em rede, focando no uso de algoritmos e suas implicações socioculturais, com base em teóricos da filosofia ética, história e cultura digital. Discute-se a necessidade de regulamentação tecnológica e mediação legal, abordando dois eixos centrais: desigualdades digitais e o dilema entre segurança e liberdade nas redes. Metodologicamente, o estudo recorre a análises teóricas e exemplos empíricos, como a Lei de Segurança Online do Reino Unido e casos de discriminação algorítmica, para explorar os impactos sociais da tecnologia. Evidencia-se que as desigualdades digitais perpetuam exclusões socioeconômicas, enquanto a vigilância algorítmica, embora justificada por combates a crimes como a pornografia infantil, ameaça a privacidade e liberdade dos usuários. Conclui-se que os algoritmos, embora neutros em si, reproduzem preconceitos e exigem uma ética aplicada, como propõe a LGPD no Brasil. Defende-se uma educação digital crítica e a adaptação de princípios éticos tradicionais ao mundo digital, ressaltando a responsabilidade coletiva no uso dessas tecnologias. O artigo reforça a urgência de equilibrar inovação e direitos humanos, evitando que avanços tecnológicos aprofundem desigualdades ou violem privacidades.