EPIDEMIOLOGIA DAS MENINGITES BACTERIANAS NO BRASIL DE 2012 A 2022 COM BASE NO DATASUS

A meningite é uma doença infecciosa grave com elevada taxa de letalidade, representando um importante problema de saúde mundial. A meningite bacteriana é a mais preocupante devido as consequências de sua infecção, seja em decorrência de óbitos, surtos ou sequelas produzidas pela mesma. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento na base de dados do DATASUS, evidenciando o perfil epidemiológico das meningites no Brasil, no período de 2012 a 2022. Durante o período do estudo, foram notificados no SINAN, 167.971 casos de meningite. Os anos de 2012 a 2015 foram os de maiores números de casos notificados. As etiologias mais notificadas foram Meningite asséptica (45,60%), Meningite não especificada (16,91%), Meningite por outras bactérias (14,45%), Meningite pneumocócica (5,08%) e Meningite meningocócica (4,65%). Até o ano 2013, as notificações mantiveram mesmo padrão etiológico, deste ano em diante, observa-se declínio dos casos de Meningite Meningocócica. O sexo masculino foi o mais prevalente. Maiores notificações foram observadas em menores de 1 ano a 59 anos. As regiões Sudeste (54,08%), Sul (20,53%) e Nordeste (16,18%) foram as que apresentaram maiores números de casos. Em relação aos casos notificados por evolução clínica, a maioria (78,49%) evoluiu para alta. Os dados do DATASUS destacam a necessidade de políticas regionais específicas para combater a meningite no Brasil. A ampliação da cobertura vacinal, a melhoria no acesso aos serviços de saúde e a vigilância epidemiológica robusta são estratégias essenciais para controlar a incidência da doença em todas as regiões do país.