ENVELHECIMENTO SUSTENTÁVEL INTEGRADO ÀS FLORESTAS URBANAS: PROPOSIÇÕES BASEADAS NA NATUREZA RESPONSIVAS ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento, a agricultura intensiva e a industrialização são causas centrais das mudanças climáticas, com impactos diretos na saúde planetária e no envelhecimento. Em áreas urbanas, marcadas por predominância de superfícies impermeáveis e baixa proporção de vegetação, as florestas urbanas destacam-se como soluções baseadas na natureza (SbN) para mitigar poluição atmosférica e ilhas de calor. Este estudo investigou o papel dessas florestas na mitigação climática, articulando benefícios à saúde da população idosa, à eficiência do desenho urbano e à preservação ambiental. Foi realizada revisão integrativa da literatura, abrangendo estudos urbanos, gerontológicos e de saúde ambiental, publicados em inglês entre 2020 e 2025. Dos 1.092 artigos inicialmente identificados, 14 atenderam aos critérios de inclusão. Seis fatores-chave emergiram: preservação da biodiversidade, melhoria da qualidade do ar, regulação térmica, promoção do bem-estar, fortalecimento da coesão social e estímulo ao engajamento comunitário. Aplicados ao caso do Parque Raquel de Queiroz, em Fortaleza (CE), evidenciaram benefícios diretos e indiretos à população idosa, especialmente no incentivo à mobilidade ativa, socialização e contato com a natureza. Conclui-se que as florestas urbanas são elementos estratégicos para cidades resilientes, capazes de enfrentar demandas climáticas e demográficas.