EFEITO DAS CONDIÇÕES DE PIRÓLISE NO PREPARO DO CARVÃO VEGETAL DE COCO BABAÇU UTILIZANDO-SE RADIAÇÃO DE MICRO-ONDAS

O homem na Pré-história usava pedaços de madeira em chamas para iluminar as cavernas ou aquecer-se. Não tardou a perceber que, ao utilizar a madeira queimada, de aspecto preto e friável, não produzia chama e nem tanta fumaça gerando calor de forma mais controlável que aquele produzido pela queima da madeira cru, tal descoberta originou o carvão vegetal que atualmente, acima de 70%, é produzido de forma artesanal. O babaçu é considerando o maior recurso oleífero nativo do mundo, encontrado em diversos locais do Brasil, sendo o estado do Maranhão responsável por 94,5% de toda produção Nacional desta palmeira nativa. Com objetivo de produzir e caracterizar carvão vegetal a partir de biomassa de coco de Babaçu após processamento térmico em forno de micro-ondas, foi desenvolvido uma sequência de procedimentos: montagem do Setup, instalação do sistema de gases, trituração e desidratação dos endocarpos, produção do carvão vegetal em temperaturas acima de 400ºC utilizando-se em todo o processo, atmosfera de gás Nitrogênio, análise Termogravimétrico (TGA) em Termobalança SHIMADZU TGA-51, as imagens das amostras foram obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) no microscópio SHIMADZU SSX-550 SUPERSCAN, a capacidade de adsorção foi avaliada por Espectrofotometria UV-1800 SHIMADZU e análise de área de adsorção do método BET. O carvão produzido purificou a solução azul de metileno em 55 min de imersão. A absorbância, porosidade e analise termogravimétrica observada no carvão vegetal define-o com propriedades desejáveis para a produção de carvão ativado. O babaçu, quanto aos aspectos econômicos, um processo sustentável na fabricação do carvão como aos tópicos ecológico, econômico, social e cultural procedencte do maranhão, apresentou características tecnológicas satisfatórias e um potencial para o uso siderúrgico devido a seu elevado teor de carbono fixo.