DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE CAFEÍNA POR FTIR EM BLENDS DE CAFÉ



DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE CAFEÍNA POR FTIR EM BLENDS DE CAFÉ
Dayane Nunes Barros
Venancio Ferreira de Moraes Neto
Aline Maria Tenório Elias
Marcelo Edvan dos Santos Silva
Alexandre Tavares da Rocha
Marcelo Metri Corrêa
Alexandre Ricardo Pereira Schuler
Suzana Pedroza da Silva

16/11/2020
170-183
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O Brasil é o maior produtor de café das espécies Coffea arábica e Coffea conilon, com aproximadamente 2,2 milhões de hectares destinados ao cultivo. A cafeína é um alcaloide, que pertence ao grupo das xantinas, encontrado principalmente no café, sendo um estimulante do sistema nervoso central da função cardíaca, da circulação sanguínea e da liberação de adrenalina. A espectroscopia de infravermelho médio é uma técnica muito empregada para análise quantitativa e qualitativa de alimentos, sendo um método rápido com ampla aplicação analítica. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver metodologia precisa, exata e de baixo custo para quantificação da cafeína e, identificar e quantificar a cafeína de blends de café arábica e conilon em diferentes condições do processo de torrefação, através do FTIR. Foi realizado um planejamento fatorial 23; feito os blends e, os grãos foram torrados e moídos com moedor manual. Para a curva de quantificação foram preparadas soluções padrão de cafeína com seis concentrações conhecidas e realizada a leitura no FTIR, validação da metodologia e quantificação dos blends. O método demonstrou uma boa linearidade R2= 0,9854 e equação da reta Y = 0,0027x - 0,0105. A sensibilidade, capacidade máxima com confiança de distinção entre duas concentrações, foi de 36,56 g de cafeína, limite de detecção de 1,62.10-3 g de cafeína/g e limite de quantificação de 4,65.10-3 g de cafeína/g de amostra. A precisão obteve valores de 0,00409-0,04849, estando de acordo com estudos já realizados. Quanto à exatidão foi obtido erro relativo de 4,09% e índice Z de 2,04. Para especificidade houve presença de picos negativos e valores reduzidos de concentração, mostrando interferência das impurezas para quantificação. Para robustez teve maior influência o efeito B/b=0,14, relativo à quantidade de clorofórmio utilizado. O teor de cafeína dos blends estudados variou entre 0,4142-4,3325%, a legislação brasileira vigente determina um teor mínimo de 0,7% de cafeína, estando 9 dos blends dentro da legislação.
Ler mais...Café, Espectroscopia, Processo, Quantificação
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS: TÓPICOS FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS - VOLUME 3
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