DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS RELACIONADAS AOS ÓBITOS DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL E ÓBITOS MATERNOS EM GOIÁS E NO BRASIL

Introdução: A mortalidade materna e de mulheres em idade fértil representa um dos indicadores mais sensíveis da qualidade dos serviços de saúde e do desenvolvimento social de uma região. Objetivo: Examinar a situação dos óbitos de mulheres em idade fértil e óbitos maternos em Goiás, destacando a deficiência nos registros nos anos de 2018 a 2022. Metodologia: Estudo epidemiológico, observacional, analítico de corte transversal, descritivo quanto aos objetivos e quantitativo quanto à abordagem.Os dados foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) na parte de tabulações de dados e geração de planilhas (TabNet). Foram extraídos dados de mulheres no período fértil, gestantes em qualquer estágio da gravidez ou até 42 dias após o parto, no estado de Goiás e no Brasil. Considerou-se o tipo de causa clínica, faixa etária (10 a 49 anos), cor/raça, escolaridade e estado civil. Resultados: O comparativo entre Goiás e Brasil revela que mulheres entre 30 e 49 anos registram mais óbitos, seguindo a tendência nacional. Em Goiás, mulheres pardas representam a maioria das mortes, enquanto nacionalmente compõem metade dos óbitos. Quanto à escolaridade, o Ensino Médio incompleto é predominante entre as vítimas em ambos os locais. Mulheres solteiras são maioria nos óbitos, com 42,75% em Goiás e cerca de 57% no Brasil. Conclusão: A análise destaca a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para enfrentar a mortalidade materna, incluindo melhorias nos sistemas de registro e acesso equitativo à saúde e à educação.