DA AUTOMATIZAÇÃO À INOVAÇÃO: EXPLORANDO O POTENCIAL DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

O uso da inteligência artificial (IA) em atividades curriculares na educação superior é cada vez mais frequente mas, apesar disso, tem gerado controvérsia junto à comunidade acadêmica quanto à sua pertinência e ganhos na aprendizagem. Nesse cenário, o presente trabalho analisou as revisões relativas à IA na educação superior, com ênfase em cursos tecnológicos da área da informática, visando elencar suas vantagens e limites, usando a taxonomia de Bloom como referencial. Além disso, foi realizada a análise do desempenho de duas turmas da disciplina de algoritmos, com a utilização ou não de IA generativa. Os resultados da análise bibliográfica mostraram que o uso de IA em cursos da área da computação tem sido considerado positivo para a melhoria da aprendizagem dos estudantes, apesar de haver registros de que o recurso é mais eficiente para a produção de respostas nos níveis inferiores da Taxonomia de Bloom (lembrar, entender, aplicar) em relação aos superiores (analisar, sintetizar e criar). Na turma em que houve a utilização da IA houve maior taxa de permanência e de aprovação dos estudantes, com médias significativamente maiores. Além disso, foi constatado um menor tempo de trabalho do professor em atividades extraclasse. Os resultados corroboram as informações obtidas na literatura quanto as vantagens do uso da IA para o desenvolvimento de atividades curriculares, deixando claro que se trata de uma interação que deve ser planejada e implantada por professores que dominem sua utilização para que tenham o efeito desejado na melhoria da aprendizagem.