CORRELAÇÃO ENTRE SEDENTARISMO, OBESIDADE E DIABETES MELLITUS TIPO II: CIÊNCIAS DA SAÚDE

A prevalência de sedentarismo e comportamento sedentário no mundo e no Brasil tem apresentado contínuo crescimento pré e principalmente durante e após a pandemia COVID-19. Diante deste comportamento, o objetivo do estudo é analisar correlação com a obesidade e o diabetes tipo 2. Estudos demonstraram mudanças alimentares durante pandemia e a forte correlação entre tempo dispendido em atividades de repouso e elevação do percentual de gordura que contribuíram para a obesidade. A incidência de DM2 é de 78% em indivíduos com sobrepeso e 63% em obesos e podem ser explicados pelos seguintes mecanismos: acúmulo de lipídios ectópicos, disfunção mitocondrial, estresse do retículo endoplasmático e inflamação tecidual. Indivíduos obesos apresentam inflamação tecidual, principalmente nos músculos esqueléticos, fígado e tecido adiposo. Os adipócitos inflamados, expressão adipocinas pró-inflamatórias, sendo principalmente interleucina 6 e fator de necrose tumoral alfa, que promovem a resistência à insulina de DM2, respectivamente por prejudicar a via de sinalização da insulina (consequentemente a translocação do transportador de glicose) e a fosforilação dos receptores de insulina. A terapia para DM2 é composta por estratégias farmacológicas e não farmacológicas. O manejo da doença requer uma atenção contínua relacionada a adoção de estilo de vida adequado com reeducação alimentar e a participação em programas de treinamento físico. A atividade física é uma importante ferramenta não farmacológica para a melhoria e controle dos mecanismos que indutores de resistência à insulina e DM2.