CONSIDERAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO, A PEDAGOGIA, O MASCULINO E O FEMININO

Este trabalho possui como objetivo, verificarmos na História da Educação e da Pedagogia, que as origens das diferenças ou conflitos de gênero no exercício da docência têm por base a tradição educacional clássica. Para tanto, utilizado como metodologia a revisão da literatura, por meio de estudos da história da educação e a revisitando, vemos que é descrito por Franco Cambi (1999) em seu livro História da Pedagogia, apontamentos que indicam que a Grécia antiga fundou os valores formativos, cognitivos, éticos, políticos e sociais que influenciaram, diretamente, toda a educação do ocidente e que até os dias atuais persiste e se reitera. Recordar e observar a história do mundo grego antigo é buscar as raízes fundadoras da nossa forma de pensar e de conceber a educação, pois este universo em que a Grécia antiga se pautava formou toda a lógica do pensamento ocidental, e é a base para uma cultura que ainda hoje vigora e normatiza os corpos e relações sociais. Com o estudo foi possível observarmos como a educação para os gregos era carregada de valores que compunham a sociedade deles, inferimos que o pensamento que fundou a educação grega também influenciou e fundou a educação ocidental, desarte propomos a pensar sobre a universalização do masculino que foi algo iniciado naquele período, na busca por respostas no pensamento preciso de Saffioti (2004) e Joan Scott (1990), assim como Jaeger (1994) que descreve o mundo grego antigo, dentre outros autores. Neste sentido, podemos concluir que, Reiteramos os desdobramentos que fundam a base do nosso pensamento, aqueles difundidos na Grécia antiga, conhecida como algo que dispôs sobre as associações feitas entre pensamento, educação, ação e, consequentemente, a normatização e hierarquização dos gêneros.