COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NATIVAS DO CERRADO EM REGIÕES ADMINISTRATIVAS DO DISTRITO FEDERAL

O presente estudo teve como principal foco abordar a comercialização de plantas medicinais arbóreas nativas do Cerrado em Regiões Administrativas do Distrito Federal. Assim sendo, efetuou-se a identificação das principais espécies de plantas com potencial terapêutico do Cerrado mais comercializadas em feiras permanentes situadas nas cidades de São Sebastião e Jardim Botânico-DF, bem como traçou-se o perfil dos comerciantes que participaram do trabalho. O estudo consistiu em pesquisa aplicada, de caráter descritivo e explicativo, com resultados tratados de maneira qualitativa e quantitativa, a partir da coleta de informações de fontes primárias e secundárias, com o auxílio de entrevistas e questionários semiestruturados como fonte de pesquisa necessária para embasar as análises e descrições. Com o levantamento de informações ao longo da pesquisa, foi possível concluir que a comercialização de plantas medicinais do Cerrado é realizada por feirantes experientes. A forma de obtenção do conhecimento sobre plantas medicinais ocorre por meio de familiares, amigos, vizinhos e povos tradicionais. Tanto comerciantes como consumidores são em sua maioria público feminino. Dentre as plantas medicinais arbóreas do Cerrado mais vendidas destacam-se: a copaíba (Copaifera langsdorffii Desf.), barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), baru (Dipteryx alata Vog.), jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne), araticum (Annona crassiflora Mart.) e sucupira (Pterodon emarginatus Vogel). A folha é parte do vegetal mais utilizada, seguida pela casca e raiz. A maioria das espécies são comercializadas in natura. Com isso, mais estudos são necessários para conhecer o potencial farmacêutico e terapêutico de plantas, com a finalidade de favorecer a correta utilização e o embasamento para estudos de fármacos. E, por fim, conservar a riqueza do Cerrado.