CASTANHOLA: CARACTERÍSTICAS GERAIS, ASPECTOS NUTRICIONAIS E BIOATIVIDADE – UMA REVISÃO

No Brasil, há uma grande diversidade de espécies vegetais exóticas ainda pouco exploradas cientificamente até o momento. Entre estas espécies, destaca-se a castanhola (Terminalia catappa Linn), também chamada de amêndoa da praia, castanholeira, coração-de-negro, dentre outras denominações. É uma planta de origem asiática, introduzida no país para fins ornamentais e de reflorestamento em áreas urbanas e rurais. Apresenta fruto comestível carnoso, com cerca de 5 a 7 cm de comprimento e com coloração variando do verde ao vináceo, quando maduros. É composto pelo exocarpo (camada externa), mesocarpo (polpa) e endocarpo (caroço). Internamente ao caroço, há uma semente ou amêndoa oleaginosa, recoberta por uma película. As principais frações comestíveis do fruto da castanhola (polpa e amêndoa) ainda são subutilizadas na alimentação humana, mesmo apresentando sabor agradável e composição nutricional atraente ao seu consumo. A polpa oferece considerável conteúdo de carboidratos e fibras, podendo ser aplicada na elaboração de sucos, mousses e geleias. Suas amêndoas possuem alto teor de lipídios, com predomínio de ácidos graxos insaturados e boa fonte de proteínas, sendo direcionadas na elaboração de produtos de confeitaria e panificação. Contém uma variedade de compostos bioativos que apresentam propriedades antioxidantes, além de ação anti-inflamatória, antitumoral, antimicrobiana e antidiabética, sendo atribuído tais efeitos aos compostos fenólicos, carotenoides e vitaminas presentes no fruto. Desta forma, a castanhola destaca-se como fruta exótica emergente, despertando o interesse para novas pesquisas e o emprego de esforços tecnológicos futuros para proporcionar um aproveitamento mais racional e atrativo a este fruto.