CANHOTOS NA ESCOLA:REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE UMA DIFERENÇA INVISÍVEL



CANHOTOS NA ESCOLA:REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE UMA DIFERENÇA INVISÍVEL
Priscila Lambach Ferreira da Costa
Clariza Prado de Sousa

17/11/2020
333-340
25
Descreve-se aqui estudo realizado de caráter exploratório com o objetivo de verificar o cenário em que o canhoto se encontra dentro das escolas atualmente. Ser canhoto permite que os grupos se reconheçam, se diferenciem e construam uma identidade social. A ideia por trás deste trabalho foi a de elaborar questões que, de certa forma, contemplassem conceitos da Teoria das Representações Sociais. A metodologia envolveu a aplicação de questionários com 17 alunos (entre 6 e 17 anos) e 7 professores de uma escola municipal de Santana de Parnaíba-SP, Brasil. Os resultados indicaram que, entre os alunos, a maioria deles se reconhece como canhota, conceito que é descrito como quem escreve com a mão esquerda. Alguns consideram que o canhoto tem mais capacidade de realizar algumas tarefas, possui boa caligrafia, são diferentes dos outros e legais. A grande maioria não sente diferença entre ser canhoto ou destro, exceto aqueles que comentam que o canhoto aprende a ler mais devagar e precisa se acostumar a viver em um mundo destro. Cerca de 70% dos alunos não sabiam da existência de material escolar próprio para canhoto. Quanto aos professores, a maioria deles nunca notou quem são seus alunos canhotos e não vê diferença entre eles e os outros. Eles também não reconheceram suas dificuldades, e apenas 1 (um) professor se lembra de ter uma carteira de canhoto na sala de aula. A maioria deles entende que a responsabilidade de fornecer os materiais próprios para os canhotos é tanto dos pais quanto da escola.
Ler mais...Canhoto; canhotismo; lateralidade; representações sociais; escola
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