CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: UMA NOVA ALTERNATIVA PARA O RASTREAMENTO, A AUTOCOLETA

O câncer cervical é uma das neoplasias mais frequentes entre as mulheres, sendo o quarto tipo mais comum no mundo e o terceiro tipo mais comum no Brasil. Estima-se que entre 2023 e 2025 mais de 17 mil novos casos anuais de câncer de colo do útero acometerão mulheres no país. Cerca de 90% dos casos estão relacionados à infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), especialmente os tipos 16 e 18, que são oncogênicos de alto risco. Apesar da alta taxa de cura, o câncer cervical ainda representa um problema de saúde pública, especialmente em populações de baixa renda, onde o rastreamento precoce é menos eficaz. O exame Papanicolau é o principal método de rastreamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por clínicas particulares, sendo recomendado para mulheres entre 25 e 64 anos. No entanto, desafios como a falta de informação, barreiras culturais e econômicas, e a recusa ao exame impedem muitas mulheres de realizá-lo. Assim, novas estratégias, como a autocoleta de material cervical, têm sido testadas como alternativas promissoras para aumentar a adesão ao rastreamento e melhorar a detecção precoce, especialmente em áreas de difícil acesso. Este estudo é uma revisão sistemática da autocoleta para rastreamento do HPV, destacando a aceitação, adesão e precisão dessa técnica, com foco no Brasil.