BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS EM ESPÉCIES NATIVAS DE PEIXES NA AVALIAÇÃO DA SAÚDE DO ECOSSISTEMA LAGO AÇU, MARANHÃO

Objetivo: Avaliar a qualidade ambiental do Lago Açu, utilizando biomarcadores histológicos branquiais e hepáticos em peixes e análises físico-químicas e microbiológicas da água. Método: Coletas foram realizadas em outubro e novembro de 2019, compreendendo o período de estiagem. Nas coletas parâmetros físico-químicos da água foram aferidos e amostras de água foram levadas ao laboratório para análises de concentração de coliformes totais e Escherichia coli. Um total de 50 peixes das espécies (25) Prochilous lacustris e (25) Psectrogaster amazonica foram capturados no Lago para análises histopatológicas de brânquias e fígado. Resultados: A análise microbiológica da água demonstrou alto índice de bactérias do grupo coliformes e E. coli, indicando contaminação do Lago por efluentes domésticos contendo dejetos fecais. As principais alterações encontradas no tecido branquial foram levantamento de epitélio, congestão de vasos, parasitos e aneurisma. No tecido hepático, observou-se a presença de vacuolização citoplasmática, melanomacrófagos e hiperemia. Conclusão: Sugere-se que os espécimes de peixes estão respondendo aos mecanismos de defesa contra a ação de estressores presentes na água do lago, gerados pela pesca intensa e despejos de efluentes. A falta de qualidade da água e o contínuo aumento de lançamentos de esgoto in natura no ecossistema Lago Açu são os principais agentes causadores das alterações morfofisiológicas branquiais e hepáticas encontradas nas espécies.